SERGIPANOS SÃO VENCEDORES DO PRÊMIO MPT DE JORNALISMO

Os jornalistas Juliana Almeida e Josafá da Silva Neto, bem como o estudante de jornalismo Douglan Monteiro, foram os vencedores do Prêmio MPT de Jornalismo 2017 na Região Nordeste, nas categorias Radiojornalismo e Universitário. A entrega da premiação ocorreu nesta quinta-feira, dia 17, em Brasília-DF. Os vencedores regionais receberam uma premiação no valor de R$ 5 mil. Nesta edição, foram inscritas 422 reportagens de profissionais da imprensa e de estudantes de todo o país. Os sergipanos ficaram entre os 34 trabalhos selecionados nas oito categorias em disputa. Este é o segundo ano que um sergipano vence o prêmio regional na categoria Universitário.

Douglan Monteiro, estudante da Universidade Tiradentes, foi o vencedor do nordeste com a reportagem de rádio “Discriminação de cor: entender para combater”. A matéria analisa resquícios da escravidão, que até hoje perduram por meio da exclusão social e da discriminação contra negros no mercado de trabalho. Ele conta que obteve conhecimento do concurso por meio da imprensa e confessa que não acreditava que poderia ser o vencedor. Ao ler o regulamento, aprofundou-se nos temas relacionados ao trabalho e se identificou com a discriminação de cor.

“Eu ainda não acredito. Estou muito feliz por ter ganhado esse prêmio na categoria universitário da região nordeste. Recomendo que outros alunos que querem participar de um prêmio se inscrevam e tenham esperança”, relata o estudante bastante entusiasmado. “Pretendo participar da próxima edição, como profissional, já que me formo no final do ano”, completa.

Também utilizando o Rádio, os jornalistas Juliana Almeida e Josafá da Silva Neto venceram a disputa com a série de reportagens “Mercado de trabalho para a mulher trans: luta por igualdade e respeito”. As reportagens retratam a luta das mulheres trans para entrar no mercado de trabalho. A baixa qualificação profissional, o preconceito, a aceitação familiar são algumas das dificuldades enfrentadas por elas até alcançar a independência financeira. Dados apontam que 90% desse público está na prostituição e apenas 10% no mercado de trabalho. A reportagem, veiculada na Rádio UFS FM, é vencedora regional do Prêmio MPT de Jornalismo na categoria Radiojornalismo.

De acordo com Juliana, a experiência em participar do prêmio foi algo fantástico. “Senti que sou realmente privilegiada por estar participando de um concurso de uma entidade tão séria e respeitada como é o MPT. Estar entre os 34 melhores trabalhos do país e obter esse reconhecimento por uma entidade tão representativa e que está ao lado da população, dá orgulho a qualquer profissional. Tenho a sensação que realmente estou cumprindo meu dever social enquanto jornalista, de levar uma informação de qualidade, dar voz às minorias e dar visibilidade às pessoas que estão lutando por isso”, declara Juliana Almeida.

O prêmio

Dividido entre as categorias jornal impresso, revista impressa, radiojornalismo, telejornalismo, webjornalismo, fotojornalismo, universitário e repórter cinematográfico, o prêmio MPT de Jornalismo tem como objetivo informar a sociedade sobre a importância da proteção e da defesa dos direitos do trabalhador. Na etapa nacional, também são definidos os resultados dos prêmios especiais Fraudes Trabalhistas e MPT de Jornalismo.

Imprimir