II Fórum de Combate ao Trabalho Escravo em Sergipe aconteceu nesta sexta-feira, no auditório do MPT-SE

“Trabalho Escravo ainda existe”. Esse foi o tema que direcionou os debates, na manhã desta sexta-feira (26), no auditório do Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE), durante a realização do II Fórum de Combate ao Trabalho Escravo em Sergipe. O Procurador-Chefe do MPT-SE, Márcio Amazonas, fez a abertura do evento e destacou a importância da articulação entre as instituições e a sociedade. “É importante que as pessoas saibam o que configura o trabalho escravo, onde pode ser encontrado, para que todos sejam aliados na identificação e punição de quem comete o crime e parceiros na teia protetiva que oferece o devido tratamento e reparação às vítimas”, ressaltou.

Quem passar pela região dos Mercados Centrais de Aracaju, até esta quinta-feira (25), será convidado a refletir sobre a realidade do trabalho escravo no Brasil e em Sergipe. Trata-se da campanha “Trabalho Escravo ainda existe: liberdade em foco na busca pelo trabalho digno”. Com distribuição de panfletos e exposição de imagens de trabalhadores resgatados em situação análoga a de escravo, o objetivo é conscientizar a sociedade. “Queremos mostrar que o trabalho escravo não é algo do passado. É uma realidade pujante, existe e continua crescendo”, destacou o Procurador do Trabalho e Coordenador Regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONAETE), Adroaldo Bispo. A iniciativa é uma realização do Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE), em parceria com o Instituto Ágatha, a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (SETEEM) e a Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo (COETRAE). 

Objetivo é proporcionar formação e primeiro emprego a jovens em situação de vulnerabilidade

Conseguir uma vaga no mercado de trabalho é um desafio para milhões de brasileiros. E quando se trata da população mais jovem e vulnerável, o cenário fica ainda mais difícil. Para oferecer mais oportunidades aos adolescentes, os Ministérios Públicos de Sergipe e do Trabalho, além da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (SETEEM), se reuniram para debater o tema. O encontro aconteceu na sede do MPT-SE, em Aracaju, na manhã desta segunda-feira (22).

Início da turma surgiu após audiência pública com instituições e empresas

24 jovens, entre 14 e 22 anos, buscam um futuro melhor através da Aprendizagem Profissional. Foi depois de uma Audiência Pública, realizada no ano passado, com a presença do Ministério Público do Trabalho em Sergipe (MPT-SE) e diversas instituições e empresas, que surgiu a oportunidade de iniciar uma turma piloto através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), com a oferta do curso de operador de computador.

Durante as ações, será realizado o II Fórum de Combate ao Trabalho Escravo em Sergipe

Em 2023, 3.190 trabalhadores foram resgatados em condições semelhantes às de escravo. O número, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, foi o maior dos últimos 14 anos e mostra uma realidade muitas vezes negligenciada: o trabalho escravo ainda existe! “Em função do maior conhecimento da sociedade sobre o tema e sobre o conceito de trabalho escravo, há um aumento de denúncias. Consequentemente, com o serviço de inteligência mais eficaz do poder público, nós temos conseguido maior efetividade em nossas ações, o que resulta em um número cada vez maior de trabalhadores resgatados”, destacou o Procurador do Trabalho e Coordenador Regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONAETE), Adroaldo Bispo.